Uma bicicleta, muita disposição e nenhum roteiro — foi apenas com isso que Guilherme Valadão, um belo dia, decidiu jogar pro alto um bom emprego e uma vida confortável para cruzar dezessete mil quilômetros pelas Américas, atravessando montanhas e desertos, países em crise político-econômica e a pandemia de COVID-19.
Movido apenas pelas rodas da bicicleta — e por uma irrefreável força de vontade —, ele deixou o Maranhão, sua terra natal, e encarou o Rio Amazonas até a fronteira com a Colômbia. De lá, atravessou a Cordilheira dos Andes, passando pela Venezuela; de volta à Colômbia, cruzou o Caribe em um veleiro, para desembarcar no Panamá e percorrer diversos países, até quase alcançar o Canadá. Durante esse tempo, dormiu na estrada, trabalhou como ajudante de vidraceiro e cortador de cannabis nas montanhas da Califórnia; viu vulcões ativos e sobreviveu a incêndios; uma aventura que o levou a experiências extraordinárias, cujo saldo principal foi, ao final, encontrar a si mesmo.
Para todos aqueles que já se sentiram perdidos, vivendo uma vida que não é sua, como se os dias escapassem numa repetição sem fim, este é o livro certo. Deixe que Guilherme lhe inspire a, talvez, tentar a sorte em sua própria jornada, mesmo que ainda não saiba aonde ir. Afinal, como ele mesmo diz: “é no caminhar que se faz o caminho”.